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GRAÇA VIEIRA * –
EU
-Mãe, vem ver o programa ‘Conversa com Bial’. Ele convidou uma mãe, que, aliás, conheço, Liz Donovan, mãe de Johnny Hooker, um cantor que você precisa conhecer, e um pai, Toninho Cerezo, que talvez você não conheça porque prefere Chanel e Dior, e a filha dele, Lea.
ELA
-Filho, diante da TV eu lhe pergunto: o que significa tudo isso? O Toninho Cerezo, pai da Lea, é até mais novo que eu. Você, filho meu, que, graças a Olorum, é sexólogo, poderia me explicar?
EU
-Minha senhora, fazer 70 anos, como neste 4 de julho, inclui se rever, concorda? Topa recomeçar?
ELA
-Já peguei meus queijos, meus tomates e o que você cozinhou pra mim.
EU
-Lea é uma mulher.
ELA
-Percebi. Mas há algo na voz.
EU
-Sim. Você acha minha voz boa?
ELA
-Às vezes parece gay, noutras um cafuçu, mas sempre meu filho.
EU
-A pergunta é: qual a voz certa? Eu, diversas vezes, não entendo o que me diz. Parece morta. Não há voz. Falta algo.
ELA
Eu, agora, entregando meus dentes pra outra fase nem sei mais qual é a minha.
EU
-Né?
ELA
-É. Isso problema?
EU
-Nunca, nenhum. Próxima pergunta.
ELA
-Não é pergunta. É certeza. Que pai lindo é esse Toninho Cerezo, não?
EU
-Não fuja. Você sabe a diferença entre gay, lésbica, travesti e trans?
ELA
-Eita. Tô tensa, mas o melhor da vida é ter filho que passou quase três anos estudando o ser humano. Explica meu menino, quero morrer mais sabida, ou seja, mais consciente. O que as pessoas da minha geração, que nasceram dos anos 1940 pra trás, precisam aprender?
Homem, idade não revelada, nascido de um homem e uma mulher altamente erotizados. hoje pensa e vive para isso, além de trocar ideias sobre o tema. ou será que ele escreve sobre outra pessoa, é tudo ficção ou só exagero? ou não? quem sabe que se cale.
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