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JOÃO LUIZ VIEIRA –
É muito estranho alguém batizar sua coluna com o substantivo Anônimo quando ele foi e é mais presente que muita gente que faz questão de soletrar o sobrenome. É preciso, porém, respeitar o tempo de cada um. Tanto é verdade que ele pediu para se reciclar e saiu do PPQO depois de uma profícua produção: 81 colunas, praticamente desde o primeiro mês. Anônimo nos emocionou em vários momentos, especialmente porque acompanhamos sua evolução de homem pós-adolescente para a fase dono-de-si, embora fique a dúvida: será que alguém consegue tamanha autonomia? Aqui, um pouco da produção desse rapaz inquieto.
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‘Desde que saí do armário o que mais me preocupava era como minha família iria reagir. Durante muito tempo me preparei para esse momento. Eu imaginava as piores coisas e situações, os momentos mais impossíveis. Pensava sempre qual seria a hora certa. Os amigos que passaram por isso me davam conselhos: ‘Pode contar sem medo, toda mãe sabe quando o filho é gay’. Mas meu maior medo era que eles soubessem por outra pessoa. Porém não foi bem assim. Minha mãe me ligou após ter visto fotos minhas com um amigo. Quem havia mostrado? Um tio. Nesse instante tudo que eu mais queria era sumir, tudo que eu pensava em dizer fora esquecido e eu fiquei mudo ao telefone. Minha única resposta foi pedir pra conversarmos pessoalmente. Ou seja, eu respondi. Passamos três dias sem trocar uma palavra. Eu chorava descontroladamente, imaginava milhares de coisas.’
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‘Mais uma pra minha lista de revelações anônimas. Não desisti das meninas. A verdade é que eu ficava com meninas para que ninguém percebesse minha vontade de ficar com homens. Eu me sentia culpado, achava que estava usando uma pessoa, por isso que eu me dedicava tanto no sexo. Queria que elas ficassem satisfeitas e que toda a repercussão sobre minha homossexualidade fosse esquecida. Tenho uma grande admiração por esse sexo forte. Elas são duronas quando devem, são parceiras, estão sempre lindas e sabem, muito bem, mostrar quem manda. Durante minha vida os meus melhores amigos foram e são mulheres. Eu gosto de tê-las por perto e isso é algo que nunca mudou, me sinto livre com elas.’
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‘Só pra constar, eu sou de família católica e já fui evangélico durante um tempo. Alguns podem dizer que deixei de ter religião depois que ‘virei gay’. Não é bem assim, eu sempre soube de mim e ser gay não era o motivo de procurar uma religião. Deixei de ter religião quando descobri que pra conhecer Deus não precisava crer no que a Igreja diz e, sim, crer no amor e ter fé. E essa coisa de seguir o que a Igreja fala é a pior coisa do mundo. A Igreja Católica condena uma coisa, a evangélica outra e outro ramo de igreja evangélica já critica algo das duas. Nunca se sabe qual tem razão. Mas existe algo que todas condenam: a homossexualidade. Eu não me interesso em saber que o deus deles não vai me receber no reino dos céus porque eu gosto de garotos. Eu me importo, sim, com as palavras que agridem e minimizam o ser humano. Sim, até onde eu sei somos seres humanos. Gostou? Esses são apenas cinco colunas publicadas por ele nesses três anos de PPQO, a título de exemplo do que Anônimo é capaz de provocar: seus instintos mais atávicos. Se quiser ler mais, entra no site, em Colunas, e procura pelo nome dele. Quem sabe ele volta em 2016?
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‘Eu tenho uma extensa lista de relações, e em muitas não foi preciso rolar penetração pra se ter prazer e os dois estarem satisfeitos. Eu parto do principio que entre ativos existe um choque de tesão. Onde dois membros eretos se tocam e onde a participação das mãos é importantíssima. É mão no corpo, é apertão, é mão naquilo, é esfrega e tudo de uma forma bem gostosa. Entre ativos rola sexo oral, beijo e muito prazer, as vezes alguém se arrisca a passar da zona de interesse, mas nem se vai muito longe, porque briga de espada é bem mais interessante.’
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Gostou? Esses são apenas cinco colunas publicadas por ele nesses três anos de PPQO, a título de exemplo do que Anônimo é capaz de provocar: seus instintos mais atávicos. Se quiser ler mais, entra no site, em Colunas, e procura pelo nome dele. Quem sabe ele volta em 2016?
Homem, idade não revelada, nascido de um homem e uma mulher altamente erotizados. hoje pensa e vive para isso, além de trocar ideias sobre o tema. ou será que ele escreve sobre outra pessoa, é tudo ficção ou só exagero? ou não? quem sabe que se cale.
JOÃO LUIZ VIEIRA - Segunda-Feira
ROSOSTOLATO - Segunda-Feira
ALANA LIAL - Terça-Feira
LUIZ FERNANDO UCHOA - Quarta-Feira
MARCHESA DE SADI - Quinta-Feira
HEITOR WERNECK - Quinta-Feira
MARCIA ROCHA - Sexta-Feira
DIÁLOGOS COM MAMÃE - Sábado
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